É com muita satisfação que começo esse artigo para o SWP. Conheci o Leonardo Branco na rádio, na ocasião em que ele participou do Café Empreendedor falando sobre parcerias entre concorrentes. Quando conheci o trabalho que ele tem através do SWP, me tornei fã da iniciativa. Criar um espaço para reunir os protagonistas do mercado digital da cidade é um grande projeto, que reforça o fato de que o compartilhamento e a cooperação fazem todos irem além.

Minha ideia por aqui é abordar temas relacionados a Gestão de Pessoas e Comportamento, passando eventualmente por Empreendedorismo, somando às contribuições do Corbelini. Espero que minhas palavras possam contribuir para as realidades e desafios desse mercado! Então, vamos ao trabalho!

Não é novidade que a nova geração, eventualmente referenciada como Geração Y, está mostrando que é possível uma nova forma de viver, trabalhar e de fazer negócios. Cada vez mais a busca por autorrealização tem pautado as escolhas individuais, já que não basta mais apenas ter o emprego dos sonhos, estável e bem remunerado.

As atividades de Gestão de Pessoas, nesse sentido, tem se deparado com novos desafios. Como recrutar a pessoa certa? Quais recompensas vão fazer com que as pessoas certas permaneçam nas empresas? A desconstrução do padrão anterior, em que apenas a remuneração e a expectativa de estabilidade eram suficientes para satisfação no trabalho, traz consigo novas demandas.

Nesse cenário, o destaque vai para os jovens gestores. Eles não só tem de lidar com essas questões, como fazem parte do grupo que anseia por outras formas de realização. Cada vez mais é comum presenciarmos pessoas jovens abrindo suas próprias startups, sendo conduzidas a gerências de equipes e projetos, ou tendo ascensão profissional rápida a cargos de chefia.

Os desafios para os jovens gestores são diversos: coordenar equipes que por vezes são compostas por amigos próximos e de longa data; aprender a delegar funções; falta de experiência; conseguir confiar que a equipe é capaz de realizar tarefas; encontrar a medida certa entre cobrança e tolerância; desenvolver autoconfiança; dominar a ansiedade para mostrar resultados; não ser desencorajado pelos membros mais velhos da empresa; dentre outros.

O gestor é como o maestro que coordena a orquestra para compor a melodia. E essa atividade está muito mais ligada a uma questão de inteligência emocional do que qualquer outra habilidade ou conhecimento. Como se desenvolve inteligência emocional? Infelizmente não há uma receita de bolo, um passo a passo que possamos seguir e ter a garantia de que adquirimos maturidade suficiente para enfrentar nossos desafios com segurança.

Se à primeira vista isso parece desanimador, dê uma segunda olhada: todos estamos na mesma situação. Faça a sua parte: se capacite para os desafios, estude, leia, converse com pessoas mais experientes, exercite a empatia. Mas tenha certeza de uma coisa: gestão é o tipo de coisa que só se aprende fazer, fazendo.

Desejo a todos os jovens gestores muito sucesso em seus empreendimentos e muita persistência para aprender a lidar com os desafios que o caminho apresenta. Você vai perceber que boa parte dos seus anseios reside somente na sua cabeça, e que quando um gestor consegue inspirar as pessoas a desenvolver o seu melhor, ele está com a tarefa cumprida. E essa capacidade, caro leitor, não tem absolutamente nada a ver com idade.

Érica Martins
ericapmartins@gmail.com